Ítala Nandi fala dos trabalhos durante a pandemia e da vida fora da TV.
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Ítala Nandi conversou com nossa coluna. A atriz falou do drible durante à quarentena e dos projetos para depois da pandemia:
Rodrigo - Ítala, como anda à quarentena em casa?
Ítala - Ela me atinge pouco, porque eu trabalho sempre, sem parar, escrevendo, cuidando da família, não só aqui do Rio, mas a que está em Palegre, e a outra parte dela, que está na Itália, na cidade de Treviso.
Rodrigo - O que você tem feito nesse período de isolamento?
Ítala - Finalizei um livro novo, depois dos meus 3 anteriores, será o quarto livro de contos: "Uma Viagem do "EU" ao "NÓS", que estou aguardando para lançar.
Rodrigo - Atualmente, você pode ser vista na reprise de "Os mutantes", na Record, na pele da Dra. Julia. Está acompanhando a reprise da novela? E como foi fazer essa história do Tiago Santiago?
Ítala - Não, não estou acompanhando. Acabo de receber convite para ir à Angola, porque lá, onde a novela passa, faz um sucesso estrondoso. Não é a primeira obra que faço com o Tiago Santiago, trabalhamos juntos desde 1989 com "Brida", adaptado por ele para o teatro. A Dra. Julia foi uma surpresa admirável, porque seria outro personagem tão marcante como foi o de Joana, a louca do sobrado da Globo, na novela "O Direito de Amar"; personagens complexos, com muitas contradições, não eram lineares, esses são os personagens mais difíceis de criação, mas eu gosto e me envolvo completamente, também havia a boa direção do Alexandre Avancini, isso ajuda muito o ator; em "Direito de Amar" era o Jayme Monjardim, outro grande diretor. Ninguém me chama para fazer personagens simples (risos).
Rodrigo - Seu último trabalho na TV foi em "Dona Xepa", novela de Gustavo Reiz, também da Record, em 2013. Você tem saudade de trabalhar nesse formato?
Ítala - Falando sinceramente, eu gosto de todos os formatos, o que importa para mim é que seja um bom personagem, bom autor, boa produção, bom diretor. Agora mesmo acabei de fazer um filme delicioso, "Domingo", de Clara Linhart e Fellipe Barbosa. Fomos à muitos festivais internacionais de cinema: em Veneza, em Havana Cuba. Ganhei prêmios de melhor atriz no 20° Festival de Cinema do Rio de Janeiro e no 11° Festival de Cinema da Fronteira em Bagé/RS, e em Brasília, recebí o Prêmio Especial do Juri, o Prêmio Leila Diniz.
Rodrigo - Um de seus oficios , tem sido sua escola de talento. Como você tem encarado esse projeto?
Ítala - Depois dos nove anos em que administrei e dei aulas de Teatro na Escola de Formação de Atores da Faculdade da Cidade, RJ, em 2003 recebi da UNIRIO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, o Notório Saber em Artes Cênicas, então como Dra. pude criar a Escola Superior Sul-Americana de Cinema e Televisão do Paraná - CINETVPR em 2005, que existe até hoje. Encantada pela arte de ensinar, pela arte de educar com meu filho Giuliano Nandi, criamos nossa própria escola em 2014, no Espaço Nandi - Escola de Formação de Atores. Uma interprete com 60 anos de profissão, que trabalhou sempre tanto no teatro, como no cinema e na televisão, com os melhores profissionais, não pode guardar para si mesma o que aprendeu, ela tem que passar avante, compreende? Eu amo ensinar.
Rodrigo - Com o remake de "Pantanal", será que surgirá algum convite para participar da segunda versão dessa história?
Ítala - Não creio, que eu me recorde, não haveria nenhum personagem para fazer na minha idade atualmente.
Rodrigo - Qual a importância, Madelaine, sua personagem na primeira versão do Benedito Ruy Barbosa, desempenhou na sua carreira?
Ítala - Não diria que foi dos mais fundamentais.
Rodrigo - Quais são os seus projetos para depois da pandemaia?
Entrei no Edital da Lei Aldir Blanc para a produção de uma linda peça, "Esperando Goldini", peça inédita de Emilio Gama; e também aguardando a possibilidade de um patrocínio do Itaú Cultural para a montagem da peça "A caçada", de Evaldo Mocarzel, com Werner Schunemann e direção de Bruce Gomlevsky.
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